Em tom descontraído falamos com Ed Rocha Gonçalves e Catarina Salinas antes do seu concerto no D’Bandada. Corpo e alma dos Best Youth.
Estavam a contar com o todo este sucesso? Nomeadamente com o “Hang out”?
Não. Na verdade, nós na altura, a ideia sempre foi que o primeiro disco que íamos lançar ia ser este, mas como tínhamos músicas já feitas decidimos, ‘ah vamos lançar estas músicas enquanto trabalhamos no disco’. Vamos experimentar. E foi um boom.
E como lidam com esse sucesso e mediatismo?
Nós somos pacatos. Passa-nos um bocado ao lado.
E quando a vossa música passa na rádio?
Isso sim. Ficamos sempre muito contentes, gostamos de ouvir. Temos por hábito mandar mensagens uns aos outros, ‘tás a passar na radio’.
Em 2012 participaram em quase todos os festivais de Verão. Que balanço fazem?
Foi excelente. Muito bom para ganhar experiência. Não estávamos minimamente a contar. Foi uma surpresa gigantesca para nós e adoramos. Tocar nos festivais e poder ver o resto dos artistas que tocavam. Fomos muito bem recebidos em todo o lado e não estávamos à espera.
A colaboração com We Trust, como correu?
Balanço muito positivo. Estivemos o Inverno quase todo a dar concertos. Foi um risco que nós decidimos correr, não fazíamos a mínima ideia do que ia acontecer mas foi uma surpresa mesmo muito agradável. Porque a ideia inicial foi tanto para We Trust e Best Youth irmos a sítios que não conseguiríamos ir individualmente. Ainda somos bandas relativamente novas e é difícil chegar aos cantos todos do país, portanto decidimos fazer isso juntos. Por um lado para logisticamente ser mais simples, por outro lado para conseguirmos ir mais longe. Não estávamos a contar ser tão bem recebidos. Houve sítios que estavam completamente cheios, o que nos surpreendeu.
Agora têm a participação do Fernando Sousa, dos X-Wife. Sentiram necessidade de reforços?
Acaba por se sentir a necessidade de reforços. Nós desde o primeiro dia, começamos a gravar os temas de Winterlies sem saber como é que iam ser tocados ao vivo. Não tínhamos banda na altura. Fomos muito apanhados de surpresa quando tivemos convites para tocar duas semanas depois. Éramos só nós dois. Começamos a tocar os dois de uma forma muito improvisada. E o processo que fizemos durante esses dois anos foi ir juntando algumas coisas enquanto dávamos concertos. Para este novo disco sentimos falta de um elemento mais humano em palco, quando estávamos a tocar, para o tipo de música que estamos a fazer e chamamos o Fernando que encaixa na perfeição.
E o que podemos esperar do novo álbum?
Hoje vamos levantar um bocadinho do véu. Hoje vai ser a primeira vez que nós tocamos músicas novas ao vivo. Fizemos muitas músicas, ainda estamos numa fase de decidir o que vai entrar ou não e então vamos andar durante uns tempos a testar para depois decidir.
Estão ansiosos?
Estamos.
As expectativas também são mais altas…
Não queremos pensar nisso. Só pensamos, chegar, tocar, curtir e divertirmos-nos.
No vosso processo criativo deixam de fora as expectativas?
Temos de deixar senão deixa de ser honesto, se se faz uma coisa à espera de obter reacção.
Gostavam de apostar também numa vertente mais Internacional?
Sem dúvida. Este ano vamos editar por uma editora belga, a PIAS Recordings, e queremos tentar dar um pequeno passo, nem que seja pequenino, lá fora.