18 anos depois…
E que tal começar com um cliché? Longe vão os tempos onde um grupo de jovens da invicta venciam o Termometro Unplugged, prestigiado concurso de novos talentos, onde saíram nomes como Ornatos Violeta, Madame Godart, Silence 4 ou os Feed.
1995 lança os Blind Zero no mercado discográfico com um poderoso Trigger, gatilho impulsionador de Big Brother, Recognize, No Soul ou Maniac Inland, sonoridades que marcaram positivamente o Rock nacional e mostrou um pouco de grunge feito em terras de Camões.
Mas 18 anos e 6 longas duração depois os Blind Zero estão naturalmente diferentes. Os Rock consta no ADN de Kill Drama, mas com mutações evidentes. Kill Drama traz-nos canções mais melódicas capazes de conquistar as massas mas volta as costas por completo aos três primeiros registos discográficos da banda.
Por um lado, Kill Drama deixa os fãs dos Blind Zero com o sentimento que o percurso da banda deveria ter terminado em One Silent Accident, último disco de verdadeiro Rock editado por Miguel Guedes & Co., mas por outro lado, atrai os ouvintes de músicas mais fáceis, que tanto ouvem qualquer tema deste álbum como ouvem David Guetta ou Calvin Harris.
Os Blind Zero estão diferentes, mas o grosso dos fãs continuam iguais… com saudades de Trigger…