Das pistas de dança para o Noizze. Aqui fica a nossa conversa com Voxels.
A dupla Pedro Pinto e Pedro Chamorra.
Como começou o vosso projecto?
Nós conhecemo-nos já há anos. Somos ambos DJ’s há algum tempo e começamos a sair juntos, a pôr música juntos, pela diversão. E foi uma coisa que se desenvolveu naturalmente.
E tem corrido bem? O público tem gostado?
Sim. Nós de momento só nos apresentamos no formato Dj Set e a reacção tem sido boa. Este Verão tocamos em sítios tão diferentes como Vila nova de Cerveira aos Açores, vários sítios e para nós que somos um projecto bastante recente e não temos aquela exposição de palcos grandes, é mais clubes e bares e discotecas, é sempre bom chegar ao fim de uma actuação e estar a beber um copo depois num bar e virem pessoas dizer que nos conhecem e que gostam.
Qual acham que é estado da música electrónica em Portugal?
Toda a cena de música, não só electrónica, mas de música mais recente, está a crescer, e essas coisas estão a vir com o tempo. Cada vez vês mais projectos portugueses a tocar lá fora, em vários países e culturas e projectos de vária natureza. Ultimamente tem havido um crescimento muito grande. E esse tipo de reconhecimento só vem com o crescimento.
Em termos de reconhecimento é difícil, uma coisa é reconhecimento do valor, as pessoas falarem e escreverem. Outra coisa é a oportunidade de tocar lá fora. Nós já tivemos bons reviews do álbum desde Los Angeles à Austrália, Paris. E é bom ter esse reconhecimento. Obviamente que nós gostávamos de ter a outra parte do reconhecimento que era tocar nesses sítios.
O que prova que a música é cada vez mais internacional…
Não nos queremos associar a nenhum estilo específico de um sítio, nós podemos estar a fazer isto de Paris ou de Nova Iorque. Provavelmente ia ser a mesma coisa. Não sei. Somos nós. Não interessa onde é que é feito. Essas barreiras são cada vez mais inexistentes. Por acaso um desses reviews de um blog francês falava em nós como a nova face do filter house francês, e para nós é um grande elogio.
É uma ambição tocar mais lá fora?
Óbvio que sim. É uma questão de crescimento. É claro que já gostaríamos de ter chegado a esse ponto mas somos um projecto relativamente recente. Mas estamos a trabalhar para isso. Eventualmente havemos de chegar lá.
E o que é que mais vos influencia musicalmente?
Nós apesar de fazermos música electrónica somos influenciados por várias coisas, não só de música electrónica. Somos influenciados por tudo e obviamente irá ser filtrado. Isto faz parte das nossas vidas. As influências são quase diárias. Relativamente a ondas e estilos, há ondas que vão e vêm e estamos atentos a como as pessoas tocam e ouvem. Por exemplo fizemos este último álbum, muito marcado pela onda filter house anos 90 um bocado à margem do que está a acontecer à volta. Não fazíamos ideia que os Daft Punk também iam editar um álbum, foi um bocado contra corrente. Não fazíamos ideia que ser corrente outra vez.
Até porque estas músicas, o álbum saiu em Março, e a maior parte delas já estavam feitas há um ano, ano e meio ou há mais tempo. Não fomos propriamente influenciados por nenhuma onda ou modas.
Planos para o futuro
Mais edições. Brevemente um segundo single deste álbum. E um novo formato de tocar ao vivo. Vamos começar a trabalhar no final do ano para termos um novo espectáculo.