João Correia, versão TAPE JUNk

João Correia, versão TAPE JUNk

João Correia é um dos músicos mais promissores do panorama musical português, encabeçando projectos como Julian and the Carjackers e TAPE JUNk, e acompanhando Frankie Chavez à bateria. Apesar de só agora aparecer nas playlists das rádios nacionais, João Correia permanece consciente da ingratidão do mundo da música e com a determinação de ver a sua veia artística enquanto músico, devidamente reconhecida.

João é um músico com uma atitude extremamente positiva, bem disposto e adepto de desafios. Num ambiente festivo e descontraído, João Correia trocou algumas ideias com o noizze.

O que trazes contigo destes anos como músico?

Das bandas por onde já passei, tirando Julian & the Carjackers e TAPE JUNk, trabalho sempre como baterista, e aí, o teu dever é sempre servir a canção, e isso dá-te responsabilidade e a noção de respeito pela canção, e tens que te esforçar para que as coisas soem melhor. Isso ajudou-me. Em 2009 quando quis montar projectos meus, tinha uma grande bagagem adquirida enquanto baterista, deu-me uma melhor noção de como as coisas funcionam. Enquanto baterista tens que estar atento a tudo o que se passa. Mas aprendes a tocar ao vivo em qualquer situação.

joão-correia-tape-junk1

Carreira a solo, porque?

Não tinha noção que havia a necessidade de algo a solo. No ano passado entre Abril e Outubro acabei por escrever as músicas todas que estão no disco, e outras quantas que não entraram. Depois comecei a ouvir as maquetas e percebi que não eram canções que fizessem sentido entrar em Julian & the Carjackers porque eram canções mais pessoais. A forma de cantar e as letras eram mais intimas, como se fosse uma conversa com o ouvinte e nada focado nos arranjos e no instrumental. Entretanto a Optimus Discos e Henrique Amaro deram-me um incentivo muito grande. Depois tivemos a felicidade de ter muitas propostas para tocar o disco ao vivo, e acho que desde aí tornou-se mesmo uma banda. Começou como projecto a solo e evoluiu para uma banda.

E surpreendeu-te o sucesso?

Surpreendeu… Já toco há muito tempo e não tinha a mínima noção do que ia fazer a seguir. Houve uma boa aceitação, muitas críticas positivas, mensagens de pessoas que não conhecia. Isso fez-me pensar, vou tocar isto ao vivo, claro! Se tem aceitação, se tem pessoas que querem ouvir isto ao vivo, então vou montar uma banda e vou tocar estas músicas. Não fazia a mínima ideia do que ia acontecer, e claro fiquei muito surpreendido.

joão-correia-tape-junk2

É para continuar?

É… já temos um disco novo praticamente pronto. Não será este ano, mas para o ano teremos o disco aí. Prometo.

joão-correia-tape-junk3

Internacionalização?

Felizmente tenho tido a possibilidade de tocar la fora com o Frankie Chavez, mas adorava fazê-lo com estas canções e com este projecto.

Há alguma sala que gostes particularmente?

A sala 1 do Hard Club. A sala é incrível. Desde as condições para os músicos e até aos técnicos. Mas também gostamos de tocar em espaços abertos. Fizemos o Paredes de Coura e o Indie Music Fest pois permite-nos actuações mais rockeiras.

Desafiamos João Correia a tocar um dos temas dos TAPE JUNk ao cavaquinho… vejamos o resultado…

Previous post
Vale a pena ouvir. Xungaria no Céu
Next post
Vale a pena ouvir. Unknown Mortal Orchestra
Back
SHARE

João Correia, versão TAPE JUNk