O segundo dia do Festival L’Agosto prometia uma noite voltada para o psicadelismo, shoegaze e a distorção do garage rock! Se os Toy dispensam apresentações, os The KVB são talvez uma das bandas com mais talento do post rock contemporâneo. Os The Psychotic Monks eram aqueles que o publico português menos conhecia mas que prometiam uma sessão de guitarras distorcidas e intensidade musical acima da média.

A noite começa então com os The KVB. O duo londrino, que confidenciaram ao Noizze, estão a mudar para Manchester, subiu a palco com algumas musicas do novo Only Now Forever. Neste disco, os teclados de Kat Day são mais vigorosos, assumindo uma preponderância diferente, atribuindo uma componente mais dançável. Allways Then ou Afterglow mostram que o duo Nicholas Wood e Kat Day estão também eles atentos a novas sonoridades mais leves. O concerto termina com Above Us, mostrando que a banda gosta de dar intensidade ao público que também esteve sempre preparado para um pé de dança.

Seguem-se os The Psychotic Monks. Este quarteto francês foi apresentado na semana passada pela organização como a banda que iria mandar a muralha abaixo. Logo aqui, ficamos com as expectativas bem altas, e este jovens parisienses não deixaram os seus créditos de lado. Temas longos, intensos, com texturas ásperas e agrestes, os The Psychotic Monks começaram a noite com It’s Gone, um dos seus cartões de visita. Aqui apercebemo-nos que a coisa poderá pegar fogo. Distorção e intensidade associadas a alguma depressão psicótica, é assim que assumimos a força das músicas deste franceses.
Soube a pouco os 45 minutos de concerto dos The Psychotic Monks. Ficamos com um gostinho na boca de quem quer mais e desde já pedimos às produtoras que estejam atentos a este colectivo francês que certamente regressará a Portugal para concertos em nome próprio.

Tempo para os TOY, cabeças de cartaz do segundo dia de L’Agosto, subirem a palco. Com um a vontade que só quem tem alguma experiência nestas andanças, o colectivo de Brighton é nesta altura uma das bandas responsáveis pela sobrevivência do Shoegaze em terras de sua majestade. Happy in the Hollow é o novo disco que nos apresenta texturas mais leves e também mais dançáveis, algo que se reflecte em palco.
Com atitude sempre séria e competente, os TOY proporcionaram aos presentes um concerto que este ao nível das expectativas, apesar de se notar alguma desconexão entre os elementos da banda. Talvez uma tour longa esteja por detrás desta falta de química entre os músicos. No entanto, como referimos, não prejudicou em nada a actuação da banda britânica.
Hoje temos B Fachada, Sensible Soccer e The Field no menu. Uma noite que certamente nos proporcionará uma horas de dança. Até já Guimarães!
