Extintos os Moloko, Miss Róisín Murphy decide avançar sem a rede de Mark Brydon lançando o seu Ruby Blue, em 2005. Remetendo mais para os primórdios da banda de origem, numa onda meia jazzy e relativamente experimental, daqui surgem temas como If We’re In Love e o muito paradigmático Ramalama (Bang Bang) que, não dando propriamente continuidade aos Moloko, responderam a algumas das aspirações desses fãs.
Dois anos mais tarde, em 2007, e com um registo totalmente diferente, Overpowered revela-nos todo o potencial desta cantora que afinal é performer. Incrivelmente dançável, de um electropop muito catchy e ainda assim estranho o suficiente para manter o interesse, este é o álbum que prova que Róisín Murphy tem muito para dar, mesmo sozinha, e o burburinho cresceu.
Contra todas as expectativas, o terceiro álbum, porém, acabou por não acontecer. Não ainda. Durante este período, em que se centrou – preguiçosamente, como a própria admite – nos seus filhos, foi colaborando aqui e ali, com este e aquele, adiando o momento do seu ansiado regresso oficial. Mas parece que agora está para breve. Projecto em italiano prontinho para sair em Maio próximo – do qual se conhece apenas um minuto de teaser – Mi Senti irá tanto acalmar um pouco esta já longa espera como torná-la ainda mais impaciente: segundo fez constar, o trabalho para o seu próximo álbum propriamente dito está a correr “muito bem”.
A última vinda da irlandesa a Portugal foi em 2008, com passagem por Lisboa e Porto, onde continuamos à sua espera. Rosinha, despacha lá isso que temos saudades tuas!