Foi no passado Domingo que Manel Cruz incendiou a Casa da Música com a sua presença. Duas sessões esgotadas, e o público, este, insaciável e rendido à chama da banda. Foi sem dúvida, mágico.
O Noizze esteve lá, e vamos recordar com vocês aquela que foi uma das noites mais bonitas de sempre.
Foram 2 horas de espectáculo e mais de 25 temas interpretados por Manel na sala 2 da Casa da Música.
O ex-vocalista dos Ornato Violeta apresentou o seu mais recente trabalho, “Vida Nova” (editado em Abril de 2019) mas aproveitou a boleia para retroceder a algumas estações mais importantes da sua carreira, como êxitos de “Foge Foge Bandido” e “Supernada”.

O concerto abre com “Buraco” – perfeito para ditar a mood da plateia. Um jingar fluído entre a bateria e os sons sintetizados, que nos fez logo perceber toda uma evolução na interpretação de Manel e da banda – a noite prometia, e nós, já com sede do próximo tema!
No meio de 2 horas incansáveis, houve tempo para piadas futebolísticas, que Manel não resistiu a fazer “O jogo começou tão bem e acabou tão triste, espero que aqui seja diferente!”.
Música depois de música, o público mostrava-se cada vez mais recetivo e também falador! Manel Cruz ajudava à conversa, que foi bem animada e brotou algumas gargalhadas na plateia. Os ingredientes estavam todos em cima da mesa, e no geral, podemos dizer que o resultado resumiu-se a muitos aplausos, alegria, assobios, e dança qb.

É no tema “Missa” que podemos ver a guitarra e o baixo frente a frente, numa dança íntima e companheirista entre os dois membros. “Ainda não acabei” e as vozes do público já se começam a notar em grande volume, especialmente quando um grande uníssono invade a sala com “Ainda não acabei!” vezes e vezes sem conta.
Mas não só de garra e folia foi feita a noite de domingo. Um momento intimista marcou o concerto, com Manel sozinho no palco, a fazer arrepiar a pele dos mais céticos com “O Céu Aqui” e “Reencontro”. Depois de 25 temas impecavelmente interpretados, há tempo para mais 4 canções.
É incrível o tanto que há para dizer em cada letra, em cada verso, e se é feito pelo Manel, nunca parece ser demais.
Este concerto foi um regalo para a vista e um abraço no coração. Se todas as Vidas Novas forem assim, que venha a próxima, Manel!
