Na noite da passada sexta-feira teve lugar na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão um espectáculo de homenagem aos Joy Division, protagonizado por Peter Hook & The Light.
O baixista e co-fundador da mítica banda trouxe-nos uma revisita aos álbuns “Unknown Pleasures” de 1979 e “Closer” de 1980.
A plateia de cerca de 500 pessoas estava rendida à partida, como as t-shirts e bandeiras alusivas à banda deixavam adivinhar.
Numa faixa etária maioritariamente acima dos trinta e masculina, ansiava-se por reviver momentos e sensações que as músicas icónicas do grupo de Manchester têm o poder de despertar.
Na primeira parte teve lugar New Order. Uma espécie de aquecimento. Para Peter Hook, que poucas palavras dirigiu aos presentes, e para o público que se mantinha, ainda, confortavelmente sentado nesta fase. “Bizarre Love Triangle” e “True Faith” deram o mote ao revivalismo que se iria revelar em crescendo.
Intervalo para retemperar forças, que os quase 60 anos anos já pesam. E segue-se Joy Division.
“Atrocity exhibition”, “Isolation”, “Passover”, “A Means To An End” despertam as vozes e os sorrisos.
Numa parte três, versão encore parte um, dá-se o primeiro obrigado, em portugês, a um público que por agora já se vai levantando timidamente.
“Disorder”, “Day Of the Lords”, “Insight”, “She’s Lost Control” , “Shadowplay” fazem erguer e render-se toda plateia às eternas canções.
O verdadeiro encore fechou as quase duas horas de concerto em extase com “Transmission” e “Love Will Tear us Apart”, numa noite em que se dançou de olhos fechados, não ao som da música mas da memória.