Entre pouca luz e som de fundo nas alturas, falamos com Rui Maia, antes da sua actuação no festival Fusing, na Figueira da Foz.
No contexto deste festival, apenas com bandas portuguesas, o DJ destaca a qualidade nacional e a necessidade de fazer este tipo de apostas.
Quanto ao seu projecto Mirror People, criado em 2010, reflete a vontade de explorar mais a música de dança e conta com a sua dedicação a full-time, indo mais além, na parte electrónica, do que acontecia nos X-Wife, banda da qual também faz parte.
A banda explorava mais o lado rock, este projecto “é completamente diferente (…) estou a gostar imenso desta nova fase”.
Reconhece que, ao contrário de uma banda em que o processo criativo se faz a várias vozes, “a solo sou eu que decido o que quero fazer ou não, com vantagens e desvantagens. São processos diferentes mas estou confortável com os dois”.
Confessa-se muito metódico no que ao trabalho diz respeito, desde a produção à marcação de DJ sets que também fica a seu cargo.
Tendo mudado a sua base do Porto para Lisboa, não sente diferença a nível de trabalho mas sim de relações sociais, em que contactar, conhecer e partilhar ideias com artistas se pode tornar mais fácil.
Quanto ao futuro, “Live Mirror People que vai estreiar a partir de Setembro. O live sou eu no palco com sintetizadores, máquinas, o formato é do género de um DJ set mas só com músicas Mirror People, um video a acompanhar, projecções sincronizadas com a música. Basicamente eu quero fazer um show live com as canções tocadas mas com esta estética de música de dança e que seja contínuo, estar sempre com os olhos na pista de dança, que o objectivo seja esse.”
Até ao final do ano revela que podemos contar com mais um single e para 2014 um novo albúm. Doze canções que já estão em fase de ultimar pormenores.
Sempre com “muito trabalho pela frente”.
Texto: Liliana Castro
Fotografia: Nuno Coelho