Bem-vindos a ao segundo dia do SonicBast Fest agora com 26% mais rock’n’roll!
No dia 12 de Agosto, as actividades arrancam no Palco 3 com a mistura eclética de ROSY FINCH e com a assombrosa jarda inspirada em musas como Sonic Youth, Nirvana e mesmo Weezer, das berlinenses 24/7 DIVA HEAVEN. Que arranque “wunderbar”!
Sem que houvesse muito tempo para arrefecer o Palco 2 recebe uma poção composta por um balde cheio de doom, stoner q.b e uma pazada de psych dos nuestros hermanos LUNAVIEJA. O trio de holandeses The Machine não tornaram as coisas fáceis para Green Lung já que a sua atuação foi apinhada de querosene musical e muito headbang. Por sua vez, Green Lung apostaram numa posição ofensiva com o seu “doomy hard rock and proto-metal com uma dose de oculto, trazido diretamente com para o sec XXI. Podemos dizer que a banda inglesa é uma espécie de fusão muito bem conseguida entre bandas tipo DIO e Sabbath. Pelo menos o Guardian uma vez disse ‘This is heavy metal how it should be done’. Tirem as vossas conclusões!

Seguem-se PIGS PIGS PIGS PIGS PIGS PIGS PIGS. Os membros da banda começaram a aventura quando eles tropeçaram nos vinis de Sabbath e Motörhead e mais algumas influências de krautrock que existiam no armário ao lado do gira-discos da sala, provavelmente até daqueles cobertos por naprons. Pouco importa. O importante é que a banda natural de terras da Rainha partiram tudo e deixaram o mood perfeito para que o novo projeto do frontman de Radio Moscow, Parker Griggs.

El Perro partilha semelhanças com projeto anterior de Griggs. O guitarrista, escritor, produtor e vocalista construiu um puzzle cósmico que retrata na perfeição uma simbiose complexa, mas bastante fácil de ouvir entre o soul, blues funk o psych e o rock com uns fortes acentos latinos à mistura (calma nessas Anas Malhoas! Estamos a falar de ‘mui bueno’ rock’n’roll). Se não estão a ver, imaginem que Radio Moscow é um comboio de carga que ultrapassa TGVs. El Perro é um comboio exatamente igual mas está decorado com maracas, bongos, umas quantas pandeiretas, e é movido inteiramente a tequila Patrón.
A estreia da banda no SonicBlast trouxe com ela um dos momentos mais dançáveis do festival, já que ninguém ficava indiferente à magia provocada pelo ensamble montado por Parker. A banda vai continuar a sua digressão europeia promovendo o album “Hair of”, mas não sem antes publicar nas redes ficou apaixonada pela multidão e toda a vibe do festival, agradecendo a oportunidade e prometendo voltar numa próxima edição se o Garlboy os recebesse. A equipa da Noizze já apostou um frango de churrasco em como vai acontecer!

Ninguém teve tempo de alongar já que Frankie and the Withch Fingers entraram em palco de seguida e entraram a matar, continuando com a onda dançável que já vinha de El Perro. Temos a dizer que este tipo de som foi incrivelmente bem recebido pelos festivaleiros. Independentemente do nome hardcore estampado nas t-shirts, dos emblemas nos casacos de ganga, das pulseiras com picos, dos penteados, tudo dançou! O quarteto de Indiana hipnotizou o festival com um garage punk pejado de psicadelismo. Um rock & roll fortemente influenciado pelos 60s e 70s com “fuzzy guitars and buzzy keyboards”. É quase impossível não estabelecer uma ligação à influência de John Dwayer, Frontman da banda anteriormente conhecida como Thee Oh Sees. Isso, e a posição da guitarra usada pelos tanto por Dwayer como John Menache. Já dizia alguém: “When you see a band with a guitar strapped high, you know that band is going to kill you!”. Não podia ser mais verdade!

Seguimos noite dentro com 3 bandas que antecediam os tão aguardados Electic Wizzard.
São 21:00 em ponto quando Conan sobem ao palco. O doom trazido pela banda de Liverpool já foi descrito como o “caveman battle doom”, imaginem o terror semeado por estes malucos que antecederam Witch, uns dinossauros do rock, que para muitos dispensam apresentação. Witch chegaram, tocaram e venceram. A formação de Tampa, EUA partem pescoços desde 1970 e no Sonic Blast deixaram não só a sua experiência como power, bastante evidentes. Moura pegaram na batuta e não deixaram que o mood fosse “borda abaixo” com o seu Psychedelic/ prog rock, vindo diretamente da Galícia!
Chegou a vez de Eletric Wizzard ocupar o seu lugar no palco principal. Esta banda não é nova nas andanças sónicas do festival, no entanto, mostraram, mais uma vez, que o seu lugar como headligner está mais que seguro. A banda de Inglaterra, não só cumpriu como excedeu as expectativas dos festivaleiros com uma bela fornada tola de stoner e doom.

Encerrar o dia esteve a cargo de uma banda nada estranha aos palcos do festival – Kaleidobolt. A textura e profundidade da banda no “stoner rock experience” quase que não deixou espaço para que the Goners e Deathchant conseguissem fechar o segundo dia, completamente esgotado, de uma maneira épica. Challenge accepted and completed!
A equipa da Noize tem o prazer de anunciar que é agora patrocinada por Voltaren.
Depois de dois dias assim, era o patrocínio mais aguardado. O patrocínio que importa!
Ide mansos que amanhã há muito mais!
Até já, seus tolos!

Foto: Nuno Coelho