TOP Internacional 2018

TOP Internacional 2018

Fazer um TOP do que quer que seja é sempre muito relativo. A equipa habitual do noizze recorreu este ano a “consultores” externos para que o resultado fosse mais ao encontro dos dias que correm, obtendo assim opinião de diversas visões até conseguir este resultado bem lindo.

Da Nova Zelandia para o mundo com o coração partido. Esta poderia ser a sinopse de Make Way For Love. Um disco intenso, capaz de deixar derretido até o coração mais duro. Marlon Williams junta toda a frustração de um coração maltratado para transformar cada canção em algo simplesmente arrebatador.

Cat Power… 2018 marcou o regresso de Charlyn Marshall aos discos após recuperação de alguns problemas que nada modificaram o seu talento. Wanderer é uma obra onde mostra que Cat Power é uma mulher diferente e mais calejada.

Do Reino Unido chegam-nos IDLES. Joy as an Act of Resistence é o disco de confirmação da banda de Bristol que nos atinge como um raio na cabeça. É uma explosão de energia constante que nos deixa completamente desarmados mas que vai buscar aquela energia extra.

Dizem que o segundo disco é sempre o mais complexo, e Leon Bridges levou 3 anos para editar o sucessor de Coming Home. Com Good Thing, o musico texano torna-se numa referência da soul com temas mais alegres e capazes de nos por a gingar a anca.

Em 2018 já se olha para Kamasi Washington como o sucessor de musicos como Booker T ou Herbie Hancock. Heaven And Earth roça a genialidade artística que o músico californiano já nos habituou. A melodiosa forma como executa as notas no seu saxofone deixou-nos rendidos.

Com 15 anos de carreira e algumas mudanças no nome, os Thee Oh Sees, ou agora só Oh Sees, editam Smote Reverser. Um disco que não sendo feito para rádio, conseguiu horas de airplay graças à sua vertente mais melódia. Jonh Dwyer já promoveu muitas alterações desde o inicio desta aventura em 2003 e é em 2018 que nos atinge com uma maior maturidade no punk rock desnudado e cru que emerge da sua guitarra.

Kurt Vile já é um musico que dispensa apresentações. Bottle It In é um disco de canções que soa a auto retrato de uma vida com alguns altos e baixos. Com temas simples e texturas já conhecidas, Kurt Vile consegue alcançar com muita mestria o grande público, recorrendo a sonoridades que encaixam à primeira.

For Ever é talvez o disco mais aguardado do ano. Sucessor do homónimo Jungle, a dupla Tom McFarland e Josh Lloyd-Watson não mexem na estratégia e carregam-nos de mais soul dançante que mais parece um kit de vitaminas sem fim. Não sendo tão arrebatador como o primeiro trabalho, For Ever é um disco que não desilude e nos deixa felizes só de o ouvir.

Foi em 2012 que Anderson .Paak começou a debitar as suas rimas e rapidamente se mostrou capaz de renovar a cena do hip hop Californiano. Com Oxnard, Anderson .Paak mostrou-se mais polivalente com fusões obvias com a soul, mas é o caminho por si traçado, pisando caminhos só experimentados pelo jazz ou o funk que lhe dão identidade e lhe atribuem todo o protagonismo.

Quando começamos a desenhar o TOP 2018 não contavamos que Wide Awake! fosse aquele disco mais consensual. Mas com o andar da coisa, chegamos à conclusão que os Parquet Courts já estão noutro patamar e são capazes de fazer um disco tão completo e que nos oferece uma multiplicidade de caminhos. Declaradamente punkers, a banda nova iorquina faz de Wide Awake! um disco com a irreverência do Punk mas também dá-nos aquela ginga perfeita para dançar.

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