TOY – A banda de indie rock britânico proveniente de Brighton (não confundir como o artista português fã de bombazine) passou ontem pela Casa da Música para apresentar o seu 4º álbum “Happy In The Hollow”.
O quinteto tem vindo a contruir-se, munido da notoriedade e fãs que tem vindo a colecionar, usando como moeda de troca a sua sonoridade, estilo peculiar e sobretudo, atitude em palco. Toda esta expertise serve de arma para se encarregarem da produção do seu último álbum. Embora a comunidade assuma esta produção como um grande risco, pelo que tivemos oportunidade de ver e ouvir, podemos dizer que foi uma aposta no cavalo certo.

O concerto começou pelas 22h, como previsto.
Sem perder um segundo, Maxim “Panda” Barron, enche a sala com o seu baixo familiar. Os mais tímidos aproximam-se do palco enquanto são apresentados a “Jolt Awake”, tema do novo álbum, que captou de imediato a atenção, curiosidade e forte entrega do público que ocupava a Sala 2 da Casa da Música.
Com a plateia conquistada, TOY sugerem um throwback ao álbum “Clear Shot” com o tema “I´m Still Believing”, contrastando de seguida com o primeiro single do seu mais recente álbum “Sequence One”.

A banda aproveitou a noite para apresentar muito material do novo álbum. Se foi mau? De maneira nenhuma. Embora os temas apresentem um novo Yellow Brick Road pavimentado de post-punk e acid folk, rapidamente percebemos que os novos temas “Mistake A Stranger”, “The Willo”, “Energy”, “Mechanism”, “You Make Me Forget Myself”, entre outros, são já dotados de uma identidade muito própria que automaticamente, dos mais novos aos mais velhos, contagiam toda a plateia.
Sem faltar as referências a álbuns anteriores, temas como “Fall Out Of love”, “Join the Dots”, “Motoring” e “Dead and Gone”, TOY recordam o seu refinado Hypnotic Psych Pop com elementos de Scores cinematográficos, que todos esperávamos, conhecemos e adoramos.

No final do concerto, a sala, de bandeira branca no ar, rendida à performance da banda Inglesa, onde não se pouparam baterias, guitarras, baixos ou teclas, teve ainda direito ao verdadeiro Coup de Grâce com a música “Left Myself Behind”.
Tom Dougall e Maxim “Panda” agradeciam o caloroso feedback do povo da Invicta durante as transições, enquanto tentavam perceber porque é que demoraram tanto tempo a voltar.
Nós, por aqui, ficamos à espera de um novo concerto.
Lisboa, é a vossa vez.
Texto: Márcio Machado
Foto: Nuno Coelho
