Mais uma noite quente proporcionada pelos Suspeitos no regresso das Warpaint a Portugal.
Com uma plateia muito ansiosa, tivemos de lidar com fãs pouco habituados a estas andanças e que decidem perturbar o trabalho dos fotógrafos só porque sim. Mas a primavera primavera não acaba com a morte de um passarinho e a maturidade de quem já esta no pit há mais de 15 anos fez com que este acontecimento fosse só um momento triste de alguém que ainda não percebeu que o mundo não gira à sua volta.
Posto isto, o Hard Club estava completamente esgotado e assim que as luzes apagaram, a energia na sala 1 do Hard Club regenera-se. É ao som de Stars que Emily Kokal, Theresa Wayman, Jenny Lee Lindberg e Stella Mozgawa foram recebidas por uma explosão de aplausos e muito entusiasmo.
Com maestria, as Warpaint continuam com “Champion”, uma faixa cativante e repleta de ritmo que imediatamente prendeu a atenção de todos. As harmonias vocais únicas se entrelaçam perfeitamente, criando uma atmosfera sonora mágica que envolveu o público desde os primeiros acordes.
Ao longo da noite, a banda entregou um mix emocionante de temas mais conhecidos, como “Love Is to Die” ou “New Song”, além de apresentar algumas faixas do seu álbum mais recente, “Radiate Like This”, editado no ano passado. A habilidade técnica e a paixão da banda eram evidentes em cada momento, enquanto ecoavam com uma fusão perfeita de rock, indie e elementos electrónicos.
Um dos momentos mais memoráveis da noite foi durante a execução de “Disco”. A introdução melódica da música levou ao êxtase do público, que acompanhou fervorosamente cada palavra e batida. O coro de vozes dos fãs ecoou pelo Hard Club, criando uma atmosfera de comunhão entre a banda e seu público fiel.
À medida que o concerto se aproximava do fim, as Warpaint brindaram o público com uma performance visceral de “Whiteout”. A combinação da voz poderosa de Kokal e dos riffs de guitarra intensos cativou a multidão, que dançava em êxtase. A energia contagiante era palpável e o local transformaram-se num mar de movimentos frenéticos.
Quando as últimas notas de “Beetles” ecoaram pelo ar, a plateia irrompeu em aplausos ensurdecedores. As Warpaint deixaram o palco com a certeza de ter proporcionado uma experiência musical inesquecível para todos os presentes numa noite que estava ganha à partida.
Foto: Nuno Coelho